Obras devem priorizar a região, levando mais de 1,3 milhão de passageiros diariamente para a capital e impulsionando desenvolvimento econômico com nova conexão.

A Linha 20-Rosa do Metrô de São Paulo, que ainda está em fase de projeto, já se tornou um dos temas mais debatidos na região metropolitana, especialmente no ABC. Considerada uma obra crucial para a mobilidade do futuro, a nova linha ligará a zona oeste da capital à cidade de Santo André, prometendo uma revolução no dia a dia de milhões de pessoas.

Com uma extensão prevista de 31 a 33 km e 24 estações, o projeto tem uma estimativa robusta de transportar mais de 1,3 milhão de passageiros diariamente. Essa capacidade colocaria a Linha 20-Rosa como uma das mais movimentadas do sistema, aliviando a sobrecarga de outras vias e modais de transporte.

A Expectativa no ABC

Para as cidades do ABC, o projeto representa uma virada histórica. A promessa do governo de São Paulo de iniciar as obras pela região reforça a expectativa de uma conexão direta e eficiente com a capital. Moradores de São Bernardo do Campo e Santo André, que hoje enfrentam o trânsito intenso, terão um acesso inédito ao centro expandido de São Paulo, economizando tempo e melhorando a qualidade de vida.

Essa nova infraestrutura não é vista apenas como um meio de transporte, mas como um catalisador de crescimento. A chegada do metrô tem potencial para atrair novos investimentos, valorizar o mercado imobiliário e fortalecer o comércio local no entorno das futuras estações.

Cronograma e Desafios

Atualmente na fase de elaboração do projeto básico, a Linha 20-Rosa já possui o licenciamento ambiental prévio, um passo crucial para o avanço da obra. O leilão de concessão para a construção e administração da linha está previsto para o segundo semestre de 2026.

O cronograma oficial aponta para a inauguração do primeiro trecho (Santa Marina – Saúde) em 2030, com a linha completa sendo entregue em 2035.

Apesar do otimismo, o projeto enfrenta desafios e debates. Associações de moradores em Pinheiros, na capital, questionam mudanças no projeto de estações, e a localização do pátio de trens, que pode ser na antiga fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, ainda está em discussão. Tais pontos mostram que, embora a visão para o futuro seja clara, o caminho para concretizar a Linha 20-Rosa ainda exigirá diálogo e planejamento cuidadoso.