Novo "Tarifaço" de Trump aos Produtos Brasileiros Vem com Quase 700 Exceções, Aliviando Impacto em Setores-Chave
O decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, causou apreensão no Brasil, mas a publicação de uma extensa lista de exceções trouxe um alívio inesperado para alguns dos setores mais importantes da economia nacional. A medida, vista como uma pressão política, agora tem um impacto econômico mais complexo e matizado.
A tarifa adicional de 40%, somada à alíquota de 10% já existente, elevou a taxação para 50% sobre as mercadorias. Contudo, o texto do decreto incluiu quase 700 exceções. A lista isentou produtos cruciais, como:
- Petróleo e derivados;
- Suco de laranja;
- Aviões da Embraer;
- Celulose;
- Aço.
Estima-se que os itens isentos representam mais de 40% das exportações totais do Brasil para os Estados Unidos no último ano.
Café e Carnes Estão Entre os Mais Afetados
Enquanto a lista de exceções gerou alívio, alguns dos principais produtos do agronegócio brasileiro não foram incluídos e serão atingidos pela tarifa de 50%. Entre eles estão o **café**, carnes (bovina e suína), frutas frescas e processadas, e derivados do cacau, que agora enfrentam uma perda de competitividade no mercado americano.
A medida é amplamente vista como uma manobra política de Donald Trump, que ligou publicamente as tarifas à situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação é interpretada como uma interferência externa com o objetivo de gerar pressão interna no Brasil, alimentando a narrativa de "perseguição política" entre os aliados de Bolsonaro.
O decreto, que inicialmente entraria em vigor em 1º de agosto, teve sua data de implementação adiada para 6 de agosto, dando um curto fôlego para que o governo brasileiro possa buscar diálogo e uma solução diplomática.
A situação coloca o Brasil em uma posição delicada, equilibrando a busca por uma solução comercial sem ceder a pressões políticas que transcendem as relações diplomáticas habituais.
